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Crianças especiais da nova era - Índigo, Cristal, Stoned & Black-Jeans
Publicado em: 07 de janeiro de 2007, 18:01:48  -  Lido 5930 vez(es)



> Dalton Roque, do portal "Consciencial", comentou:
> Está havendo um tsunami de misticismo desesperador.
> Sugiro um pacote de mensagens de discernimento temático.
> Por exemplo, a questão das "Crianças índigo".
> Quem é clarividente poderia refutar com propriedade o
> texto repassado abaixo (no fim desta).
> Posso refutá-lo por lógica também, talvez o faça depois.
> Lázaro já têm algumas coisas neste sentido.


Oi, Dalton.

Estou preparando sim um "guia do discernimento". Dará trabalho, pois não quero dizer o certo ou errado em uma questão "da moda" (o esquisoterismo é pródigo em criar novos equívocos e delírios), mas sim dar ferramentas para que a própria pessoa consiga discernir por si, reconhecendo os elementos de fantasia ou contradição.

Quanto às crianças da nova era, você tem razão, parabéns pela observação.

Da forma como é colocado, em mais de 90% dos casos, o que ocorre neste novo mito de "crianças índigo e cristal" são apenas mães tentando compensar frustrações em cima dos filhos, imaginando-os "especiais" e "evoluídos".

Não que não sejam: todos os filhos são mesmo especiais, o amor que se abre na maternidade é algo sem descrição, e a humanidade evolui mesmo. E como os espíritos que desencarnam são mais globalizados, resolvidos e informados; é óbvio que os que reencarnam, também.

Mas é o mesmo caso dos mestres e religiões: Meu filho, mestre ou credo ser especial PARA MIM não me basta. Ele precisa ser melhor que o seu. Sempre com aquela "humildade" de dizer que não é que o seu não seja especial... Mas "esotericamente" o meu é que é o melhor.

E se houver alguma patologia envolvida - e algumas vezes há, em crianças com mães assim - tanto pior. Se a pobre criança é vista com a responsabilidade excessiva de ser o espírito da nova era, o ser em última encarnação (leia-se: a compensação por tudo que a mãe não realizou), qualquer sugestão de ajuda médica ou psicológica soará quase como ofensa. Ou heresia.

Observem os números: Já descobriram que 90% das crianças são índigo? Bem, daqui há pouco, vão descobrir que 95% o são. Mais tarde, que 100% das crianças já são "diferentes". Então, não é que elas são "mais
especiais". É a mãe "coruja" que envelheceu mesmo, como sempre ocorreu. Apenas as antigas não davam desculpas esquisotéricas para justificar sua híper-proteção.

Quanto às caracteríticas listadas no texto abaixo, entendo como esperadas. Estamos na egrégora do planeta, temos uma alma coletiva, transmitimos os valores que acreditamos. Naturalmente, a humanidade tende a ter representantes melhores, também. Ainda bem! Isso sem falar que nessa idade vive-se, em inocência, uma maior fidelidade às crenças e sonhos... Não somos mais os cristãos carolas de antes: nossos filhos são educados com o que acreditamos hoje, assistem A Viagem e Matrix. São mais levadas a centros, palestras e meditaçoes do que a quermesses e primeira comunhão. Criarão fantasias em cima dessas crenças, e serão tão fieis a elas quanto eramos aos mitos religiosos que nos ensinavam em em outro tempo. A diferença é que antes não achavamos ser uma invasão de crianças de Jesus.

O problema é que o mito das crianças índigo e cristal é um prato-cheio para os equívocos educacionais atuais, onde mães antes reprimidas agora criam filhos com uma liberalidade sem regras, e jovens criados sem super-ego passam a viver de forma patológica apenas em um presente raso e superficial, um neo-narcisismo onde relações são descartáveis, e o culto à imagem se reflete em silicones, anabolizantes ou roupas que tentem anular quaisquer sinais de envelhecimento ou matutidade.

Acompanhei casos em que mães, ex esquisotéricas de anos atrás, "educaram" verdadeiros aliens sociopatas, completamente alijados da sociedade (e da felicidade, dos relacionamentos, do trabalho normal, da vida escolar), super-protegendo-os e isolando-os acreditando piamente serem "crianças especiais". Índigos, sabe com é... Como sempre digo, com as compensações que muitas mães andam fazendo, psicanálise tende a ser uma profissão muito rentável no futuro.

Em alguns casos, parece comercial de tecido de jeans: Quanto mais "stoned" eram as mães, mais "índigos" nascem os filhos! :-P Será alguma mutação genética em nosso "GNA" (sic) causada pelo uso excessivo de THC e DMT?

Infelizmente, em muitos casos a separação das mães - que deveria servir para dar mais qualidade e amor à família - acaba gerando MAIS
compensação e híper-proteção. Conheci mães separadas que inconscientemente se culpam pela dedicação excessiva à carreira e menor atenção aos filhos, mas que, em círculo vicioso, dedicam-se mais e mais à carreira (e menos às trocas amorosas e sexuais adultas e saudáveis, por exemplo) como forma de compensar os filhos com uma suposta futura condição melhor.

Notem que é um grande peso para as crianças, ainda que inconsciente, ser "a felicidade" e "o amor" da mãe, incluindo aí a parcela de libido e homem-mulher que ela NÂO se permite integralmente. Um festival de equívocos.

Conheço casos em que bons relacionamentos (que trariam maior estabilidade emocional e financeira para a famíia) são trocados patologicamente pelo trabalho, em "nome das das crianças". Em um outro caso, a mãe concordou que o filho parasse de estudar e vivesse trancafiado de forma quase autista ou sociopata, por acreditar que tudo aquilo era muito pouco especial para o seu "genio mirim". Em outro caso, ainda, crianças são mantidas no mesmo quarto ou cama da mãe, muito mais pelo "amor" dela do que pela real necessidade. Sem precisar entrar no grave contexto edipiano (que daria uma outra mensagem, fugindo do tema), ficará gravada subliminarmente, noite a noite, a mensagem de dependência assexuada e híper-protecao. Em todos eles, em comum a transferência para a criança do peso do especial que falta à mãe.

O problema é grave, e mitos como este os alimentam, com danos irreversíveis no futuro: Pensam estar ajudando seus filhos agindo assim, mas na verdade o distanciam da normalidade, do masculino, da boa educação, da possibilidade de se sentirem iguais com o mundo para a partir daí desenvolverem seus verdadeiros talentos especiais.

Inconscientemente, a criança recebe uma mensagem de ser depositária de TODO amor e motivo de quem deveria ser sua maior referência. Naturalmente, temos crianças maníacas, neuróticas, híper-ativas ou no mínimo difíceis de controlar. E aí vem alguém dizendo que "crianças índigo" são mesmo assim, por não aceitarem "os padrões". Bah. Psicoterapia faria maravilhas pela mãe, e mais ainda pela criança, enquanto AINDA dá tempo de consertar.

Não estou descartando a possibilidade de algumas desses 90% ou 100% de crianças terem dons paranormais. Mas isso não seria novidade, em todas épocas há o normal, e o que sai da curva de Gauss. Sempre houve algum paranormal, sem necessidade de destruir a boa educação dos demais.

A questão é de um discernimento muito mais óbvio: Se 90 a 100% dos "novos" são diferentes, eles passam a ser iguais entre si, e quem está fora da normalidade e diferente é a velha mãe.

Algumas mães sequer resolveram questões básicas emocionais e/ou sexuais, e mal conseguem admitir que estão transferindo toda a sua motivação para a carreira, e todo o peso de suas melecas emocionais para os filhos. Daí a delirar pensando que os pimpolhos fazem parte da "minoria especial de 90%" (sic) enviadas à Terra nos raios cósmicos de Ashtar Sheram é um pulo... ao psicanalista. Enquanto não é tarde demais.

Lázaro Freire
http://www.voadores.com.br/lazaro



> AS CRIANÇAS DA NOVA ERA
> Crianças Índigo-Editora Butterfly, publicado em 2005, de Lee Carol
> e Jan Tober, dizem que em poucas décadas para cá está surgindo novo
> tipo de criança.
> Praticamente 90% das nossas crianças atuais são portadoras de
> atitudes que as configuram como crianças índigo. Essa denominação é
> que tais crianças têm suas auras azuis. De acordo com as pesquisas
> científicas, constantes do citado livro, eis algumas das principais
> características:
> Têm inteligência superior à atual geração de adultos.
> Têm nobreza de caráter.
> Não aceitam liderança imposta.
> Resistem a qualquer tipo de autoridade que não seja
> exercida de maneira democrática.
> Sabem viver o presente.
> Aprendem pela própria experiência recusando-se a seguir
> metodologia repetitiva e passiva.
> Dispersam-se facilmente, a não ser que estejam envolvidas
> em alguma tarefa que lhes desperte grande interesse.
> No livro "Momentos de harmonia", editora Leal de Divaldo Pereira
> Franco, o Espírito Joanna de Ângelis diz "da-se neste momento a
> renovação do planeta, graças à qualidade dos espíritos que
> começam a habitá-lo, enriquecidos de títulos de enobrecimento e
> de interesse fraternal.
> No livro "Reforma Íntima sem Martírio", editora Dufaux, psicografia
> de Wanderley Soares de Oliveira, espírito Maria Modesto Cravo
> diz "Uma geração nova regressa as fileiras carnais da humanidade
> para arejar o panorama de todas as expressões segmentares do orbe,
> interligando-as e projetando-as a ampliados patamares de
> utilidade. É tempo de renovar."
> Sabemos que as crianças de hoje são muito inteligentes. Pois, de
> décadas para cá, os espíritos que estão nascendo em nosso planeta
> são muito especiais, nobres de alma, são fraternais por natural
> dedução, inteligentes. Essa alvissareira notícia de renovação do
> nosso planeta por meio de seres especiais que ora estão
> reencarnando, possivelmente é a mais importante ocorrência depois
> da vida de Cristo e do Nascimento de Kardec.
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Lázaro Freire
lazarofreire@voadores.com.br


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