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Com a intuição no estômago
Publicado em: 04 de setembro de 2006, 16:21:14  -  Lido 3312 vez(es)



Às vezes, só depois de aprender e estudar alguma coisa é que percebemos que tudo
aquilo já estava lá conosco, e que era algo simples, que a gente sempre soube.

Logo que crescemos um pouco e começamos a refletir sobre nós mesmos, a gente
percebe que o principal centro de nossas atividades mentais é a cabeça, e que o
centro de nossas atividades materiais é o sexo. Assim, ninguém precisa ensinar
pra gente que nossa mente, mais precisamente aquele lugarzinho no meio da testa,
é a sede de nossas atividades intelectuais e que o sexo é o local que rege
nossos desejos mais passionais. Continuando a nos analisar ao longo do tempo,
acabamos percebemos que mossas Emoções se manifestam na garganta, nossos
Sentimentos se manifestam no coração e que nosso medo e nossa coragem (ou seja,
nosso Instinto) parece existir na região do Estômago.

Cabeça = intelecto
garganta = emoções
coração = sentimentos
estômago =instinto
sexo = paixões materiais.

Bom, nada disso é novidade, mas se colocarmos uma bata em cada um destes centros
e lhes dermos um belo nome em sânscrito, vamos ter aí os famosos chakras
principais...

Mas nem sempre somos tão sabidos assim... Muitas vezes, por exemplo, usamos o
centro errado para ativar um de nossos maiores poderes - a intuição.

'Intuição' é aquela sensação que, mesmo parecendo ir contra as evidências, nos
diz que a coisa não é bem o que parece, e que, segundo ela, seria melhor que
fizéssemos tal e tal outra coisa. É como uma certeza interna, que dá vontade de
seguir.

A intuição é um binomiozinho composto de um pergunta, ou uma dúvida, e a
respectiva resposta, que parece vir "lá de dentro" de nós. E sendo assim,
precisa ser decodificada em termos racionais que a gente possa entender.
Contudo, será errado levar a intuição à cabeça, para trabalhá-la. Intuição não é
algo que deva ser racionalizado ou intelectualizado.... Ao sexo, então, nem se
fala... Quem se guia apenas pelo sexo com certeza não vai se dar muito bem, na
maioria das coisas.

Bom, deixar-se levar pelo coração, neste caso, também não - quando deixamos os
sentimentos interferirem, ficamos meio cegos à verdade. E o mesmo para a
garganta, ou emoções: a pior reação, num momento de decisão, é lidarmos
emocionalmente com ela.

Assim, por eliminação, sobra o estômago...

Poxa, mas logo o estômago, aquele lugarzinho que nem faria falta, se a gente
fosse mais evoluído e vivesse só de luz?

Pois é, mas é exatamente no estômago - a sede do medo e da coragem, a sede dos
instintos - é que podemos e devemos trabalhar as intuições.

Experimente só: da próxima vez que tiver uma sensação vaga sobre alguém ou sobre
alguma coisa, 'leve' essa sensação conscientemente ao estômago, e trabalhe-a
lá... "Apague" os outros centros e tire a resposta do estômago.

E o mesmo serve para o processo da saída do corpo, numa projeção.

Qualquer bruxo de botequim sabe que este é o centro dos 'poderes' paranormais, o
motorzinho que gera as energias para ativar as atividades que serão atuadas
pelos outros centros... Assim, para gerar um EV, para impor sua vontade de se
projetar, sobrepujando o medo, ou mesmo para aliviar a tensão mental e
emocional ou a excitação espiritual ou física daquele momento, procure
redirecionar as energias para essa região.

Claro que o processo todo começa a nível intelectual (inclusive pela decisão de
tentar se projetar), passa pelo emocional, é influenciado pelos sentimentos e é
em parte motivado pela excitação. Tudo isso é necessário para estabelecer o
processo e para dar-lhe a força e os motivos necessários, em termos de intento,
de vontade e de sentido.

Mas no momento em que o processo estiver estabelecido e a coisa for ficando
automática, transfira o centro de suas ações para o estômago. Como no caso da
intuição, 'apague' os outros centros... e deixe o processo por conta do
estômago.

Vc vai ver como fica mais fácil.

Bene


--
Benedicto Cohen (Bene)
beneluxbr@yahoo.com.br


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